Academia do Voleibol aborda a Lei de Incentivo ao Esporte na noite desta segunda-feira

Conhecimento compartilhado

30 de novembro de 2020

Kellyson Salgado deu dicas importantes sobre elaboração de projetos dentro da Lei de Incentivo ao Esporte

(Divulgação)

A edição da noite desta segunda-feira (30.11) da Academia do Voleibol trouxe um assunto de grande valia para a prática esportiva e o desenvolvimento de projetos de alta performance. O convidado da vez foi o professor Kellyson Salgado Gomes, especializado em Lei de Incentivo ao Esporte. Ele abordou algumas questões relacionadas ao tema, e falou sobre sua experiência em consultoria na área, tendo como clientes diversos clubes da elite do vôlei brasileiro.

A Academia de Voleibol é um projeto realizado pela Comissão Nacional de Treinadores, a Conat, e tem como objetivo difundir conhecimento e trocar experiências durante a pandemia da COVID-19. Uma das principais bandeiras levantadas é a produção de conteúdo científico por parte dos treinadores brasileiros.

Na abertura da apresentação desta segunda-feira o presidente de Comissão Nacional de Treinadores (Conat), Carlos Rios, destacou a importância de trazer à pauta assuntos além da tática e técnica em quadra.

“Nosso objetivo é trazer uma abordagem multidisciplinar do voleibol. Vamos além das táticas e técnicas do esporte. Temos a intenção de trazermos outros assuntos correlacionados. Hoje é um caso desses, atendendo a uma demanda de nosso público trazemos nesta edição o professor Kellyson que é especialista em Lei de Incentivo e pode nos trazer muitas informações pertinentes a todos”, comentou Carlos Rios.

Kellyson Salgado Gomes é formado em educação física pela Universidade Federal de Viçosa e em administração pelo Centro Universitário Newton Paiva. O profissional teve passagem pela Secretaria Especial do Esporte, do Ministério da Cidadania, entre 2018 e 2019, onde atuou diretamente com gestão da Lei de Incentivo.

Na palestra, Kellyson contextualizou historicamente a Lei e apontou erros comuns em projetos inscritos – a estimativa é de que 65% dos projetos apresentados “morrem” sem alcançar o objetivo. Ele ainda falou dos objetivos do incentivo e caminhos para desenvolver um projeto consistente para captar o valor buscado.

“Eu desconheço um mecanismo tão democrático como é a Lei de Incentivo. É uma maneira de realizar os projetos, e, se todas os detalhes do processo estiverem corretos, a probabilidade de alcançar o objetivo do projeto é enorme. Minha ideia aqui é mostrar os caminhos para que todos possam seguir com os respectivos projetos com tranquilidade”, disse Kellyson.

O especialista mostrou ainda os pré-requisitos que as entidades precisam atender na hora de solicitar o projeto de Lei de Incentivo ao Esporte. E mostrou que tipos de empresas podem patrocinar dentro da Lei. Na explanação, Kellyson descreveu ainda os alvos dos projetos, que não são obrigatoriamente voltados à alta performance. Falou a respeito das diversas categorias possíveis dentro do espectro disponível à captação – que vão desde a categoria escolar, até o profissional, passando pelo esporte amador –, e as nuances e limites de cada projeto de acordo com a categoria.

O profissional deu exemplos práticos e sanou dúvidas vindas do público sobre todo o processo de elaboração, inscrição e captação de recursos de um projeto participante na Lei de Incentivo ao Esporte. E encerrou a noite com algumas dicas para os interessados em aplicar

Esse foi o 52° encontro da Academia do Voleibol, que realiza reuniões virtuais com temas variados sobre vôlei de praia, vôlei de quadra e Conat. O conteúdo fica disponibilizado no Canal Vôlei Brasil (http://canalvoleibrasil.cbv.com.br).

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro